O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao STF
(Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (19) a revogação do habeas corpus
concedido ao goleiro Bruno. Caso o pedido seja aceito, o atual jogador do Boa
Esporte poderia voltar à prisão.
Após a morte do ministro Teori Zavascki, a presidente do STF, ministra
Cármen Lúcia, encaminhou o caso do goleiro Bruno para o ministro Marco Aurélio
Mello. No fim de fevereiro, o magistrado concedeu habeas corpus ao jogador para
que ele responda ao seu processo em liberdade. Ele estava em prisão preventiva
desde 2010, e a continuação da cautelar foi considerada
"injustificável" pelo juiz.
O caso, porém, não está mais em posse do ministro Marco Aurélio Mello.
Substituto de Teori Zavascki no STF, o ministro Alexandre de Moraes herdou a
maior parte de seus casos, incluindo o do goleiro Bruno. Será dele a decisão de
manter ou não o habeas corpus.
Assim que deixou a prisão, Bruno rompeu contrato com o Montes Claros
Futebol Clube e assinou um vínculo com o Boa Esporte, de Minas Gerais. O
goleiro já participou de quatro partidas, vencendo uma, empatando duas e
perdendo uma.
Em contato com a reportagem, o Boa Esporte disse ainda não ter uma posição
sobre o caso.
O
CASO
Ex-goleiro de Atlético-MG e Flamengo, Bruno estava preso desde 2010,
acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio. Ele foi condenado em
2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio
triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, além de
sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza.
O jogador recorreu da decisão, mas não teve recurso julgado. Ele estava
preso por decisão de primeira instância há quase 7 anos. Na decisão tomada no
dia 21 de fevereiro e publicada no dia 26 pelo Supremo, o ministro Marco
Aurélio Mello julgou não haver sustentação jurídica para manutenção do
encarceramento. Bruno responderá ao processo em liberdade.
CORRUPÇÃO
DE MENOR
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