Grampos mostram Aécio como chefe de quadrilha e que persegue até aliados que o criticam

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De santo, o chefe da Casa Civil do governo Beto Richa, o tucano Valdir Rossoni, não tem nada. Sua ficha corrida nos escândalos da política estadual é extensa demais para ser ignorada, embora ele venha se valendo de uma impunidade inexplicável todos esses anos. Mas a intenção do tucano Rossoni de manter no ar um vídeo em que tripudia sobre as denúncias e comprovações a respeito da participação do presidente nacional do seu partido, o senador afastado Aécio Neves, nos escândalos de corrupção envolvendo a JBS (Friboi), não tem outro objetivo senão o da autopreservação.

Notório falastrão e com projeções eleitorais bem definidas, Valdir Rossoni, no vídeo postado em partes na sua rede social, tratou de rapidamente dar satisfações ao seu eleitorado, de modo que o lamaçal em que Aécio tem mergulhado nos últimos tempos não respingue imediata e diretamente nos seus maiores cabos eleitorais no Paraná: Richa e Rossoni.

Os escândalos que envolvem intimamente Rossoni e Richa em denúncias de crimes de improbidade administrativa são inúmeros e de longa data. Para citar só os mais conhecidos, vale destacar: a contratação de um piloto de avião particular, nomeado e pago pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP); A contratação de 13 servidores fantasmas e o caso da sogra-fantasma, Verônica Durau, que nunca trabalhou na ALEP, mas foi nomeada inicialmente no gabinete do então deputado estadual Beto Richa e cujo pagamento se manteve na folha salarial do Legislativo mesmo após de Beto já ser prefeito em Curitiba.

Quando o escândalo veio à tona, Rossoni, então líder do PSDB na Casa, assumiu que a sogra-fantasma era funcionária da Liderança do seu partido. Por meio do pagamento mensal a Verônica Durau, a ALEP repassava de fato o dinheiro para uma conta do seu genro, Ezequias Moreira, que acumulava fortunas com os salários de servidor da Sanepar, membro do Conselho Administrativo da empresa, braço direito e chefe-de gabinete de prefeito Beto Richa na Prefeitura de Curitiba.
Mais recentemente, Rossoni, voltou às manchetes locais por investigações em fraudes ligadas ao desvio de R$ 17 milhões da Educação, recursos que deveriam ser empregados em obras de reforma e construção de escolas no Paraná, crime ambiental e violação de direitos humanos. Ainda teve inquérito aberto por indícios de prevaricação, quando em 2009, ao presidir o Legislativo Paranaense, engavetou por três anos e dez dias o encaminhamento à CCJ- Comissão de Constituição e Justiça da Casa de um pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar Beto Richa, então prefeito de Curitiba, pelo uso irregular de recursos do Fundo Nacional de Saúde. O pedido se deu a partir de denúncia do Ministério Público, que, por sua vez, acatou representação do então deputado federal Dr. Rosinha (PT).
Entenda o piti das gravações
Na noite desta quarta-feira (31), o Paraná TV 2ª Edição, telejornal da afiliada da Rede Globo no Paraná, a RPC TV, divulgou áudios em que Aécio Neves dá broncas no governador Beto Richa (PSDB) por causa de um vídeo do secretário estadual Valdir Rossoni, postado na internet. Esse vídeo teria gerado notícia no Paraná Portal, parceiro regional do Universo On-line, o UOL, intitulada “Aliado do Paraná já considera Aécio na cadeia” e chama a atenção o desespero e a agilidade com que a assessoria do senador afastado se mobiliza para tirar do ar primeiro a notícia, após a postagem do vídeo, que poderia suscitar mais denúncias, trazer à tona outros envolvimentos e mais desgastes contra os tucanos.

As gravações são fruto de grampo autorizado pela justiça das conversas de Aécio Neves e de sua irmã, a jornalista Andrea Neves, ambos investigados pela Polícia Federal no caso da JBS (Friboi). Mas elas evidenciam muito mais coisas que apenas os fatos noticiados pela imprensa paranaense. Vão além do piti, da saia justa, dos palavrões e das broncas.

Os áudios deixam claro o papel de gangster de Aécio Neves e o comportamento de verdadeiro chefe de uma quadrilha da qual o público só vislumbra até o momento os crimes de corrupção. Já mereceria uma apresentação em Power Point, não fosse a seletividade dessa tecnologia à serviço das investigações. As escutas autorizadas pela justiça das conversas dos irmãos Neves também evidenciam a relação promíscua desse poderio tucano com a grande imprensa, quando prontamente somem dos veículos as publicações por razões muito distantes do interesse público."Fonte: boa informação"

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